Como aumentar a vida útil da sua ferramenta de corte
A vida útil da ferramenta de corte é um dos fatores que mais impactam nos custos e na eficiência da usinagem. Afinal, quanto mais tempo a ferramenta trabalhar em boas condições, menor será o gasto com substituições, paradas de máquina e retrabalho.
Neste guia, vamos mostrar os principais fatores que influenciam a durabilidade das ferramentas de corte, e quais práticas podem ajudar você a extrair o máximo desempenho de cada operação.

Por que a vida útil da ferramenta é tão importante?
- Redução de custos: ferramentas duráveis significam menor investimento em reposição.
- Qualidade do produto final: uma ferramenta em boas condições, assim garantindo e acabamento superior e maior precisão dimensional.
- Produtividade: menos trocas e paradas imprevistas aumentam a eficiência da linha de produção.
- Segurança: desgastes excessivos ou quebras podem gerar riscos para o operador e para a peça.
Fatores que influenciam a vida útil das ferramentas
Então, antes de pensar nas boas práticas, é essencial entender o que pode reduzir a durabilidade das ferramentas:
- Material da peça: aços endurecidos e ligas especiais desgastam mais rápido o corte.
- Parâmetros incorretos: avanço, velocidade e profundidade mal ajustados comprometem o desempenho.
- Ausência ou má aplicação de fluido de corte: gera calor excessivo, cavacos presos e atrito.
- Má fixação da peça ou da ferramenta: vibrações aceleram o desgaste e podem causar falhas.
- Operação contínua sem inspeção: aumenta o risco de falhas inesperadas.

Melhores práticas para garantir a durabilidade das ferramentas
Escolha a ferramenta correta! Porque, nem toda ferramenta serve para qualquer aplicação. Considere:
- O material da peça (aço, alumínio, ferro fundido, inox etc.).
- O tipo de operação (torneamento, fresamento, furação).
- O acabamento exigido.
Por isso, uma escolha errada pode reduzir drasticamente a vida útil e gerar custos desnecessários.
Ajuste corretamente os parâmetros de corte. Os três principais parâmetros precisam estar alinhados:
- Velocidade de corte (Vc): muito alta gera calor, muito baixa aumenta o atrito.
- Avanço (f): avanço pequeno pode gerar desgaste por atrito, enquanto avanço elevado pode sobrecarregar a aresta.
- Profundidade de corte (ap): deve ser compatível com a potência da máquina e com a geometria da ferramenta.
Dica prática: sempre consulte tabelas técnicas do fabricante e faça pequenos testes até encontrar o ponto ideal.

Utilize o fluido de corte adequado! O fluido de corte é essencial para:
- Refrigerar a aresta de corte e reduzir o calor.
- Lubrificar a operação, diminuindo atrito.
- Remover cavacos, evitando que eles voltem a cortar a peça.
Trabalhar sem fluido ou com fluido inadequado por exemplo, acelera o desgaste, aumenta as falhas e compromete o acabamento da peça.
Mantenha a fixação correta da peça e da ferramenta. A vibração é inimiga da usinagem. Além disso, causa desgaste irregular, quebra de insertos e perda de precisão dimensional.
- Garanta que a peça esteja bem presa.
- Verifique regularmente o sistema de fixação da ferramenta.
- Use suportes adequados.
Realize inspeções e manutenções periódicas. Não espere a ferramenta quebrar para agir.
- Faça inspeções visuais após cada uso.
- Procure sinais de desgaste, microtrincas ou lascas.
- Substitua insertos antes que cheguem ao limite crítico.
A manutenção preventiva é sempre mais barata que a corretiva.

Armazene corretamente suas ferramentas. Portanto, o armazenamento inadequado pode causar oxidação, batidas e danos que encurtam a vida útil.
- Guarde em locais limpos e secos.
- Utilize estojos, gaveteiros ou suportes específicos.
- Evite contato direto entre ferramentas cortantes.
Invista em capacitação do operador! Por mais modernas que sejam as ferramentas, o conhecimento do operador é determinante.
- Treinamento garante que parâmetros e boas práticas sejam aplicados corretamente.
- Operadores capacitados percebem sinais de desgaste antes de se tornarem problemas graves.
Tipos de desgaste mais comuns em ferramentas de corte
- Desgaste de cratera: ocorre na face de saída por atrito com cavacos.
- Desgaste de flanco: é o desgaste mais comum e desejável, porém, pode ocorrer rápido demais.
- Quebra da aresta: geralmente causada por sobrecarga, vibração ou fixação incorreta.
- Entalhe: desgaste localizado na linha de corte, comum em operações de torneamento.
Conhecer esses tipos ajuda a identificar problemas e corrigi-los antes que afetem a produção.

Aumentar a vida útil da ferramenta de corte depende de um conjunto de fatores: boa escolha, uso correto, manutenção constante e capacitação da equipe. Além disso, você garante maior durabilidade, economia e qualidade em cada operação.
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